Candidato Miguel Silvestre

IL

Miguel Silvestre

Em poucas palavras, apresente-se ao eleitorado.

Gosto da política de soluções, assente nas capacidades e necessidades das pessoas, na convergência e partilha de saberes. Sou um apaixonado pela inovação e por isso creio que serei um candidato que fará a diferença ao ser eleito por um distrito como o nosso. Acredito que, depois de 50 anos em que o país assegurou os direitos, nos próximos 50 anos é hora de assegurarmos o acesso a esses mesmos direitos: emprego, habitação, saúde e educação. E para isso é preciso termos políticos diferentes. Um deputado da Iniciativa liberal não se pode esconder como certamente acontecerá com os dos partidos mais votados. A hora é de confiança e eu tenho a confiança para enfrentar os desafios do país e do distrito.

Quais as suas prioridades para o distrito de Leiria?

Lutar pelo Hospital do Oeste em Caldas da Rainha. Se o Estado quer desinvestir então que abra a possibilidade de uma parceria público-privada à semelhança do que aconteceu no passado em Loures, Vila Franca de Xira ou Braga. Apoiar todas as iniciativas que coloquem o Instituto Politécnico de Leiria em pé de igualdade com as universidades existentes no país. Leiria e o IPL não têm receio disso, bem pelo contrário. É justo e será a forma da região mostrar a sua capacidade de inovação. Criar a partir da minha eleição uma ‘incubadora de políticas’ que procura uma cultura de prestação de contas aos eleitores do distrito com a iniciativa Parlamento de Leiria em que todos os partidos eleitos se comprometam a duas vezes por ano prestar contas do seu trabalho em diferentes pontos do distrito. Criar uma plataforma digital de participação pública onde todos os cidadãos possam acompanhar e contribuir com propostas sobre iniciativas e projetos do distrito.

Que soluções propõe para os problemas de habitação no distrito, incluindo o acesso à habitação acessível e a revitalização de áreas urbanas degradadas?

A Iniciativa Liberal tem um ambicioso plano para mudar o mercado da habitação em Portugal. Seremos implacáveis com o Estado que mantém o seu património devoluto ou em ruínas, em vez de o colocar ao serviço do mercado de habitação. Temos vários exemplos escandalosos como por exemplo o bairro adjacente à prisão-escola de Leiria. O aumento da construção é uma evidência depois de ter caído quase 90% desde o início do século. Propomos uma baixa de impostos para que comprar uma casa nova não custe quase 50% do valor em impostos e taxas. Simplificar a legislação relativa à construção de forma a que seja mais transparente, economicamente interessante para quem investe e muito mais simples para quem compra ou constrói a sua habitação.

Tem planos para promover a inovação, o empreendedorismo e a criação de emprego qualificado no distrito? Quais?

Uma medida relevante e inovadora será a criação de uma estrutura ou agência informal para o Talento. Não podemos continuar a perder investimento na região por falta de trabalhadores ou a termos trabalhadores que nos procuram e não encontram as respostas necessárias. Esta entididade será composta por representantes de empresas, municípios e entidades do Estado, associações cívicas e sociais. Terá como objetivo acertar as respostas quanto às necessidades de emprego, habitação, respostas educativas e sociais para as famílias, formação profissional, entre outras. O distrito de Leiria será um distrito pioneiro com uma abordagem desta dimensão. Vamos também ser uma “incubadora de políticas” ao trabalharmos com a região na missão de promover a inovação, transferência de conhecimento e apoio ao empreendedorismo. Conheço bem o meio e os seus representantes. Estarei cá também para apoiar os clusters existentes (pedra, moldes, cerâmica, entre outros), mas também para ajudar na criação de novas áreas de inovação que assentem no potencial que o território já tem, por exemplo na área do turismo e cultura, e no capital natural. A gestão económica sustentável dos recursos naturais é algo em que o distrito pode ser uma referência internacional. Veja-se, por exemplo, o potencial de Peniche na economia do mar ainda com tanto por explorar.

O que se pode fazer para uma acção mais eficaz em termos ambientais, incluindo a proteção dos recursos naturais, gestão de resíduos e mitigação das alterações climáticas?

O que se pode fazer para uma acção mais eficaz em termos ambientais, incluindo a proteção dos recursos naturais, gestão de resíduos e mitigação das alterações climáticas? Uma gestão mais transparente dos recursos naturais. Dados públicos, cientificamente rigorosos e muito mais investigação científica sobre os mesmos. Implementar uma estratégia de conservação para as áreas húmidas da região. Um novo modelo de gestão do Pinhal de Leiria, em que o Estado defina, de forma clara, os padrões de conservação e que permita a concessão a privados mediante demonstrações claras de capacidade de gestão, conservação, inovação tecnológica e valor económico para a região.

Apresente algumas propostas para melhorar a mobilidade no distrito.

Apesar de acharmos que o modelo de renovação da Linha do Oeste chega a ser desprestigiante para a região, com ganhos de tempo pouco relevantes e pouco competitivos para com o transporte rodoviário, os diferentes municípios devem tentar tirar partido do que esperamos vir a ser o maior número de horários disponíveis. Maior ligação entre transportes públicos e as estações é obrigatório. Queremos um mercado de transportes públicos mais concorrencial e aberto e não um modelo assente em entidades sem conhecimento do setor. É fundamental que, de vez, se resolva o trânsito de pesados junto ao Mosteiro da Batalha.

Qual o político que mais o(a) impressionou no passado e que o(a) inspira no presente?

Mais que um político, o português que mais me impressiona continua a ser Damião de Góis. Uma figura ímpar da nossa história enquanto diplomata, académico, humanista e guarda-mor da Torre do Tombo. No presente, admiro o trabalho e o foco do Carlos Guimarães Pinto.

Que livro recomendaria ao próximo primeiro-ministro?

"Porque Falham as Nações - As origens do poder, da prosperidade e da pobreza", de Daron Acemoglu e James Robinson. "Naquele Tempo - Ensaios de História Medieval", do leiriense José Mattoso.