PAN
Sou de Porto de Mós, tenho 36 anos, sou Técnica Superior de Análises Clínicas e mestre em Biologia Molecular e Celular. Sou uma pessoa de causas, identifico-me com as causas do PAN e acredito num mundo melhor, mais empático, onde possamos viver todos em harmonia, Pessoas, Animais e Natureza.
Há várias questões que são transversais a todo o país, mas que têm grande ênfase em Leiria. Falo, por exemplo, das constantes descargas de efluentes industriais que poluem os nossos rios, da má gestão das florestas, da questão da saúde e do necessário investimento no SNS, nomeadamente nos cuidados de saúde primários, da ferrovia e do necessário reforço dos transportes coletivos e também da necessidade de reforçar o apoio às associações, canis municipais e famílias carenciadas no que toca aos cuidados com os animais.
As descargas de efluentes industriais nos nossos rios estão a destruir os ecossistemas com consequências desastrosas para o meio envolvente e para todas as espécies animais, incluindo a humana. Nesse sentido o PAN apresenta algumas medidas, nomeadamente aumentar a fiscalização, reforçando o SEPNA em número de profissionais e na sua formação, a reposição da figura dos Guarda-Rios, incentivar os industriais a reconverter as suas indústrias garantindo a manutenção dos postos de trabalho, e começar já a planear a recuperação dos rios, através de um sistema nacional de monitorização da qualidade do solo, contemplando a prevenção da sua contaminação, assim como a sua regeneração.
A ferrovia é essencial para o nosso distrito, por isso a requalificação da linha do Oeste faz todo o sentido. O PAN defende a criação de uma rede ferroviária que ligue todas as capitais de distrito, não só para ajudar a uma deslocação mais económica das pessoas, mas também para melhorar o transporte de mercadorias a infraestruturas portuárias e aeroportuárias e ajudar a diminuir os voos de curta duração. Por outro lado, o PAN defende também uma melhoria das redes de transportes coletivos nas cidades, com mais rotas e horários, de modo a que sejam compatíveis com a vida das pessoas e também promover o aumento da rede de estacionamentos periféricos, com ligação aos transportes públicos. No que toca ao aeroporto, o PAN defende a solução Aeroporto de Beja, capacitando os acessos ferroviários e rodoviários ao mesmo. Além de ser uma forma de se utilizar os recursos que já existem, ajudará a desenvolver as regiões do interior.
Relativamente ao Pinhal de Leiria, a aposta tem sido sobretudo na regeneração natural. Ora, os especialistas dizem que esta regeneração ocorre nos primeiros dois anos. Já passaram quatro e o que vemos, maioritariamente, é uma vegetação rasteira. Este é mais um exemplo da má gestão da floresta em Portugal. É preciso investir na floresta para valorizar o seu potencial no combate às alterações climáticas, garantindo a conservação da biodiversidade. O PAN tem como objetivo tornar as florestas mais resistentes e resilientes às alterações climáticas, assim como mitigar a velocidade e intensidade da propagação dos incêndios. Queremos preservar este habitat fundamental ao equilíbrio dos ecossistemas. Para isso o PAN apresenta propostas no sentido de desenvolver mecanismos de apoio à instalação de povoamentos florestais autóctones que criem elementos de descontinuidade de paisagem, promover o desenvolvimento de “florestas protetoras” ao longo das margens dos rios e dos lagos para promover a qualidade da água e ajudar na estabilidade dos solos e nos períodos de cheias e assegurar benefícios fiscais para os proprietários que procedam à arborização com espécies naturais dos seus terrenos, em especial no interior, preservando o solo e criando água.
No que toca à regionalização, o PAN defende um debate alargado, que envolva a administração pública, a academia e a sociedade civil, bem como uma revisão constitucional. Temos de ver esclarecidos os termos do referendo de âmbito nacional.
Todos os meus colegas do PAN que ao longo dos anos têm lutado para tornar Portugal um país mais justo, mais empático para com todas e todos, e para trazer ao debate questões importantíssimas para a nossa sociedade e que ficaram esquecidas durante anos.
Tendo em conta que sou uma verdadeira amante de livros, fica difícil escolher só um. Recomendaria a trilogia O Século do Ken Follett que retrata muito bem a ditadura e o populismo que imperaram no século XX, um passado muito recente e que deixa antever o que pode vir a acontecer se não impedirmos o avanço das medidas da extrema-direita. Recomendaria também O Jardim dos Animais com Alma do José Rodrigues dos Santos, para que o futuro primeiro-ministro perceba a verdadeira identidade dos animais e tudo o que está por detrás dos negócios que existem às suas custas.