Candidato Heloísa Apolónia

CDU

Heloísa Apolónia

Em poucas palavras, apresente-se ao eleitorado.

Heloísa Apolónia, 52 anos, jurista, dirigente do PEV que, com o PCP, integra a CDU. Candidato-me porque considero que, com a vasta experiência parlamentar que tenho, estou em condições de ser a voz de que o distrito de Leiria precisa na Assembleia da República: uma voz ativa e determinada que dê visibilidade aos problemas e exija as soluções.

Quais as suas prioridades para o distrito de Leiria?

Estratégia e investimento para fixação de profissionais de saúde, despoluição da bacia do Lis, desassoreamento da Lagoa de Óbidos, sustentabilidade costeira, reflorestação do pinhal de Leiria, criação de plano de revitalização do Pinhal Interior Norte, construção de plano integrado de mobilidade para todo o distrito, criação da universidade de Leiria, apoio à cultura, entre muitas outras questões.

Que soluções propõe para os problemas de habitação no distrito, incluindo o acesso à habitação acessível e a revitalização de áreas urbanas degradadas?

Sim. O historial de soluções para o problema do impacto das suiniculturas na bacia do Lis está repleto de avanços e recuos, de financiamento assegurado e depois perdido. É preciso garantir articulação com os agentes locais e dar, para já, sequência à Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais (ENEAPAI). A ETES é algo de que não é possível prescindir.

Tem planos para promover a inovação, o empreendedorismo e a criação de emprego qualificado no distrito? Quais?

A CDU continuará a propor soluções para o setor dos transportes até estarem efetivamente garantidas. Por isso não abdicamos, por exemplo, de reivindicar o investimento necessário para a modernização integral da linha do Oeste e a sua articulação com outras modalidades de transporte que liguem todo o distrito e que promovam interligação também com outros distritos.

O que se pode fazer para uma acção mais eficaz em termos ambientais, incluindo a proteção dos recursos naturais, gestão de resíduos e mitigação das alterações climáticas?

Não. O Pinhal de Leiria precisa de um Plano de reflorestação, bem definido e articulado, e dos correspondentes meios financeiros e recursos humanos. A escassez de ambos não permite chegar a bom porto no que diz respeito à intervenção necessária sobre esta mata nacional. E seguramente não é a priorização da alienação do seu património construído, ao abrigo do programa Revive, que vai resolver o problema da reflorestação da mata nacional.

Apresente algumas propostas para melhorar a mobilidade no distrito.

Sim. Porque é uma dimensão de divisão administrativa fundamental para pensar o país de uma forma mais harmoniosa, com investimento mais consentâneo com as necessidades de desenvolvimento sustentável do país e que beneficia o combate às assimetrias regionais. É um desígnio constitucional que está por cumprir. O PS tem feito muitas promessas sobre a importância de regionalizar, mas só tem contribuído para inquinar a sua concretização.

Qual o político que mais o(a) impressionou no passado e que o(a) inspira no presente?

Inspiram-me mais os projetos, feitos por uma multiplicidade de pessoas concretas, do que propriamente nos líderes. Inspiro-me na ideologia do Partido Ecologista os Verdes e reconheço-me na importância do projeto da CDU que tem na sua génese um caminho de partilha para gerar uma transformação para alcançar verdadeiramente o desenvolvimento, o progresso, a sustentabilidade, o fortalecimento da democracia, o cumprimento dos valores de Abril.

Que livro recomendaria ao próximo primeiro-ministro?

O Gesto que Fazemos para Proteger a Cabeça, de Ana Margarida de Carvalho.