MAS
Importante é apresentar o Movimento Alternativa Socialista (MAS), que, nestas elições, tem como lema "Acordar a esquerda". Nos último 6 anos o país foi governado pelo Partido Socialista com a conivência silenciosa do PCP e do Bloco de Esquerda, que não alterou as políticas do governo da direita PSD/CDS e da troika, nomeadamente no desperdício de dinheiro público nos bancos e na legislação laboral. O MAS quer ajudar ao regresso à mobilização dos trabalhadores pela luta dos seus direitos porque só esta garantirá uma mudança social justa para o país. A direita e extrema-direita não são solução.
Para o MAS, as principais prioridades para o distrito de Leiria não são diferentes das prioridades para o resto do país, uma vez que os problemas do país são transversais. Delas, destacamos a semana de 4 dias para resolver o problema do emprego, a par, talvez, de um projeto de reindustrialização da região, para o problema da habitação propomos o tabelamento das rendas em 30% do salário e para o problema da mobilidade propomos o investimento na ferrovia, nomeadamente, da efetiva modernização da linha do oeste, sempre anunciada e sempre adiada. O reforço do SNS tem ser uma prioridade, o novo hospital do Oeste tem de se tornar uma realidade nos próximos 4 anos, o MAS não aceita mais dinheiro para os bancos ou que as farmacêuticas e grupos privados de saúde ganhem dinheiro com a pandemia da Covid-19 e se prejudique o tratamento das doenças não-Covid.
Esses problemas, como os da Ribeira dos Milagres, só resolvem com investimento público para criar mecanismos de aproveitamento dos dejetos gerados pela suinicultura, nomeadamente o aproveitamento energético, bem como uma política de tratamento ambiental. Mas os interesses instalados não vão deixar, acreditar numa solução é votar numa política diferente.
O aeroporto não é mais do que uma bandeira vazia dos políticos do costume, seria um mamarracho que não serviria ninguém, nem o país nem a região. Ele deve ser um local para aeronaves do Serviço Nacional de Saúde, bombeiros e proteção civil, instrução e formação de pilotos, e desportos aeronáuticos. Com a crise climática e pandémica percebe-se agora a necessidade tremenda da requalificação da ferrovia. Agora, é preciso coragem para investir e fazer frente aos interesses da indústria automóvel e de combustíveis. O futuro são carris e comboios em cima deles. Não se trata só de modernizar, é preciso criar acessos em transporte público das populações às estações. As promessas não cumpridas têm rosto e nome e são dos partidos de governo das últimas décadas, votar neles significa incumprimento e desprezo pelas populações.
A recuperação deveria ser acompanhada da florestação de outros territórios com diferentes culturas e espécies.
A regionalização só serve para produzir mais desigualdade e para o Estado central passar responsabilidades que são suas. Ela serviria apenas para acelerar o processo de privatização de sectores como a água, a educação e as escolas, os apoios aos idosos, etc. É mais uma política para enganar e não se resolver os problemas.
A mim o que me impressiona são as políticas que trazem justiça às pessoas. Que trazem direitos aos trabalhadores. Políticas que façam o nosso país reconhecido por uma saúde, educação e cuidado aos mais velhos com acesso universal, gratuito e de qualidade. Ontem, hoje e amanhã é isso que me inspira.
O ministério da felicidade suprema, da Arundhati Roy.