Candidato António Sales

PS

António Sales

Em poucas palavras, apresente-se ao eleitorado.

Nasci no distrito de Leiria, em 1962, cresci em Leiria e vivi praticamente toda a minha vida na região. Leiria é a minha casa. Sou médico ortopedista. Fui deputado à Assembleia da República por Leiria e assumi, em 2019, o cargo de Secretário de Estado da Saúde do XXII Governo Constitucional. Desde setembro de 2020 que sou Secretário de Estado Adjunto e da Saúde. Em outubro, tomei posse como presidente da Assembleia Municipal de Leiria. Agora, sou orgulhosamente candidato do Partido Socialista à Assembleia da República, porque acredito na minha terra. Porque senti que era altura de uma vez mais, dizer: Presente.

Quais as suas prioridades para o distrito de Leiria?

As minhas prioridades são as Pessoas. É por elas que me candidato. Existem novas e velhas prioridades nas diversas áreas, onde se destacam a saúde, por exemplo, com a criação de condições para a construção do Novo Hospital do Oeste, a ampliação do Hospital de Leiria e a criação de uma unidade de convalescença no Hospital de Pombal, e a edução, com a construção de uma nova escola do Instituto Politécnico de Leiria em terrenos da Prisão Escola. Destaco também a base aérea de Monte Real, a Linha do Oeste, a requalificação do IC 2, a criação de condições para a construção de novos postos da GNR, a dinamização do Smart Ocean e a realização de investimentos nos Portos da Nazaré e de Peniche, entre outras.

Que soluções propõe para os problemas de habitação no distrito, incluindo o acesso à habitação acessível e a revitalização de áreas urbanas degradadas?

Neste momento, já se sentem os resultados das ações levadas a cabo para a região do Lis, nomeadamente com mais inspeções, mais envolvimento dos serviços e mais monitorização. Foram adotadas medidas estruturais, de alteração de condutas, de cumprimento da Lei e da manutenção da produção assegurando a defesa do ambiente. Recordo que, a 9 de dezembro de 2021, foi aprovada em Conselho de Ministros a Estratégia Nacional para os Efluentes Agropecuários e Agroindustriais 2030, com o foco na gestão sustentável dos efluentes das explorações pecuárias em regime intensivo com grande relevo para a região de Leiria. E estão em curso outras ações, tendo em vista a resolução do problema.

Tem planos para promover a inovação, o empreendedorismo e a criação de emprego qualificado no distrito? Quais?

Defendemos a abertura da Base Aérea de Monte Real à aviação civil. Estamos de acordo com o duplo uso civil e militar, aguardando que um consórcio privado ou com câmaras municipais possa apresentar um plano de negócios para poder ser analisado pelo Governo. A modernização da linha do Oeste é um velho problema, com mais de 25 anos, e que carece de resolução. Defendemos, por isso, que seja rapidamente modernizada. Neste momento, já existe estaleiro para a ligação entre Meleças e Torres Vedras, e a empreitada para o troço Torres Vedras e Caldas da Rainha, que integra o projeto da Ferrovia 2020, já está a concurso, com a eletrificação da linha, o aumento da capacidade, a segurança. Já a modernização Caldas da Rainha-Louriçal, está incluída no Plano Nacional de Investimentos 2030.

O que se pode fazer para uma acção mais eficaz em termos ambientais, incluindo a proteção dos recursos naturais, gestão de resíduos e mitigação das alterações climáticas?

Claro, a recuperação do Pinhal de Leiria é um projeto que nos convoca a todos e naturalmente que todos queremos ver o pinhal com a vitalidade que merece. O plano de recuperação foi feito por um consórcio de Universidades e deve merecer a nossa confiança. Leva, porém, o seu tempo, uma vez que parte da reflorestação será através da regeneração, orientada pela mão do homem. Uma floresta não se faz num dia, também aqui temos de ser resilientes.

Apresente algumas propostas para melhorar a mobilidade no distrito.

Sim, porque é o modelo que melhor corresponde às necessidades e aos interesses da população. Acredito na política de proximidade. Deve, porém, ser feito de forma estruturada, sem duplicação de estruturas e serviço, com foco nas Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), estruturas preparadas para levar a cabo este desígnio nacional.

Qual o político que mais o(a) impressionou no passado e que o(a) inspira no presente?

Jorge Sampaio, pela forma abnegada, discreta como se colocava ao serviço do seu País. Devemos-lhe muito. No presente António Costa, por ser o político mais bem preparado do nosso país. É um orgulho, um prazer e uma honra fazer parte de um governo liderado por António Costa, um homem de pontes, determinado e com grande capacidade de trabalho.

Que livro recomendaria ao próximo primeiro-ministro?

O homem que plantava árvores, de Jean Giono. É uma obra que mostra a capacidade que qualquer ser humano tem de influenciar positivamente o mundo à sua volta, mas também que isso pode ser uma tarefa solitária. É sobre resiliência e altruísmo.